Etanol na gasolina sobe para 25% a partir de 1º de maio, diz ministro

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O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta nesta quarta-feira (30) que o governo vai antecipar, de 1º de junho para 1º de maio, a elevação da mistura de etanol na gasolina dos atuais 20% para 25%.

De acordo com o ministro, o governo espera que a medida leve a uma pequena redução no preço da gasolina, que nesta quarta sofreu reajuste de 6,6% nas distribuidoras – de acodo com o governo, para os consumidores a alta deve ficar em torno de 4%.

Questionado se as usinas seriam capazes de elevar a produção do etanol para dar conta da demanda com a elevação da mistura, Lobão disse que os produtores "garantiram de mãos juntas" que isso será feito.

"Se não der conta, nós teríamos que ampliar o prazo para primeiro de junho, e não maio. Mas o setor garante que vai produzir cerca de 26 a 27 bilhões de litros de etanol [na atual safra]", disse o ministro. Segundo ele, na safra passada foram produzidos 22 bilhões de litros.

No ano passado, o governo reduziu a mistura depois que o preço do etanol sofreu sucessivos aumentos, provocados por produção abaixo da demanda. A redução foi feita porque os aumentos estavam impactando no preço da gasolina.

Lobão disse que o governo estuda novas medidas para incentivar os produtores de etanol, mas não informou quais são elas. No ano passado, foi aberta uma linha de financiamento para o setor, no valor de R$ 4 bilhões. De acordo com o ministro, desse total foram emprestados R$ 2,7 bilhões. Entretanto, disse ele, o setor investiu R$ 7,5 bilhões, sendo a maior parte em recursos próprios.

Aumento da gasolina
O ministro também foi questionado sobre aumento no valor da gasolina nos postos, acima dos 6,6% anunciados na terça (29) pela Petrobrás. De acordo com o ministro, o governo vai fiscalizar aumentos abusivos nas bombas.

“O governo vai fiscalizar rigorosamente [aumentos acima do reajuste] por meio da ANP[Agência Nacional do Petróleo]. Não pode chegar no patamar de 10% [de aumento]. Se chegou, é irregular. O mercado é livre mas não deve exceder o limite do razoável”, disse Lobão.

Lobão anunciou a antecipação após reunião no Ministério da Fazenda que contou com a participação do ministro Guido Mantega, do secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, do presidente da Petrobrás Biocombustíveis, Miguel Rossetto, além de representantes da Copersucar, da Cosan e da ETH Bioenergia.

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