A Gazeta
Diante de casos de surtos da influenza A (H1N1) em alguns estados, a exemplo de São Paulo, Mato Grosso não é considerado prioritário na distribuição da vacina contra a gripe. Porém, assim como em todo o país, a Campanha Nacional de Vacinação contra a doença terá início no dia 30 de abril.
Até lá, o Estado deve receber 50% do lote previsto, o que corresponde a cerca de 350 mil doses. O objetivo é imunizar, ao todo, 698.212 pessoas do grupo prioritário.
Os casos de influenza começaram a ser notificados em 2009, quando houve a pandemia no país. De acordo com a gerente de Vigilância em Agravos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Cláudia Soares de Sousa, o Estado acompanha as notificações dos municípios em se tratando da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e a confirmação como influenza H1N1 só acontece após constatação via exame laboratorial.
Desde o início das notificações oficiais foram registrados em Mato Grosso 257 confirmações da doença, sendo que o pico de registros aconteceu em 2009 com 196 casos. Porém, entre janeiro e 29 de março deste ano foram notificados no 35 casos de SRAG.
Destes, um caso foi confirmado como H1N1, seis foram descartados para a doença e os outros 28 estão sob investigação.
Em relação ao número de óbitos há oito casos notificados, sendo um confirmado na Capital e os demais aguardam resultado de exames para confirmar associação com a doença.
Os municípios com registro de SRAG em 2016 são Cuiabá (10) e Rondonópolis (10), Primavera (02), Pontes de Lacerda (02), Várzea Grande (01), Rosário Oeste (01), Nova Bandeirantes (01), Campo Novo do Parecis (01), Sorriso (01), Araputanga (01), Barra do Garças (01), Campos de Júlio (01), Cáceres (01) e um morador dos EUA que notificou a doença aqui em MT.
A gerente de Vigilância em Agravos da SES explica que o público prioritário são crianças na faixa etária de seis meses a cinco anos, profissionais da saúde, trabalhadores do sistema prisional, população indígena, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.
Estas pessoas poderão se dirigir ao posto de saúde, munidas de documento pessoal com foto e cartão de vacina. “A campanha vai até o dia 20 de maio, porém, as vacinas continuarão sendo aplicadas até zerar o estoque”.
Sousa pontua que a imunização é muito importante, uma vez que a influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral.
