Autor de 12 mortes, “Maníaco da Lanterna” está doente e advogado pede sua liberdade

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Segundo a defesa do condenado, ele está doente e precisa fazer tratamento extramuros.

Conhecido como Peninha, ou Maníaco da Lanterna, Claudio de Souza, 46 anos, acusado de 12 mortes e condenado a 80 anos de prisão, preso no presídio Osvaldo Florentino Leite, o Ferrugem, em Sinop, entrou com pedido na Justiça de Mato Grosso para que possa cumprir o restante de sua pena em casa.

O juiz responsável pelo parecer, Paulo Martini, preferiu não comentar sobre o assunto, principalmente, por conta do histórico criminoso, que já foi considerado um dos mais perigosos do Brasil, junto com Menino Mau e Maníaco do Parque.
Segundo a defesa do condenado, ele está doente e precisa fazer tratamento extramuros. “Ele apresentou quadro de tuberculose, pneumonia e atrofiamento nas mãos. Não tem condições alguma de permanecer em regime fechado. Já que o Estado possui o sistema de tornozeleira, meu cliente pode ser monitorado 24h e fazer seu tratamento em casa”, argumentou o defensor.
Condenado, o réu é acusado pela morte de pelo menos nove pessoas, entre 2001 e 2005, sendo que a maioria ocorreu em Alta Floresta. Porém, ele ainda deve ser julgado por esses outros crimes cometidos no mesmo ‘modus operandi’. A acusação é de que Cláudio usava uma lanterna e uma espingada para abordar os casais de namorados. Em alguns casos, a mulher ainda teria sido vítima de estupro. Ele cumpre pena no Presídio Osvaldo Florentino, o ‘Ferrugem’, em Sinop.

A sequencia de assassinatos levou pânico para a cidade do Norte do Estado, principalmente porque em meio aos vários crimes, ele era conhecido como um homem que atacava sozinho, sempre à noite e que, provavelmente, vivia na floresta. O Maníaco da Lanterna ficou foragido por muitos anos, até o delegado Gianmarco Paccola conseguir prendê-lo. Sua história ficou tão conhecida que foi reprisada no programa Linha Direta da Rede Globo em 2007. 

Ele tentou atacar um casal e a arma falhou. Cláudio de Souza apanhou muito, porém fugiu. Ele deixou cair sua arma, uma lanterna e uma bíblia. Ele foi preso em 2005 e poucos meses depois conseguiu fugir da cadeia. Três meses em liberdade, matou mais dois casais e com isso acumulou nove homicídios em sua “carreira” sangrenta.

Cláudio de Souza ganhou o apelido de Maníaco da Lanterna porque iluminava o rosto de suas vítimas, a quem chamava de “porcas”, antes de violentá-las e depois matá-las. Ele é réu confesso de todos os crimes, sendo preso pela primeira vez em 2002, mas fugiu em 2005, ficando foragido por três anos. Ao ser recapturado em 2008, voltou a confessar os crimes de homicídio e estupro.
Nos três anos em que passou foragido, Cláudio Peninha voltou executar casais, mas acabou sendo condenado a meros 20 anos e 4 meses de cadeia pelo assassinato de Maria de Fátima dos Santos e tentativa de homicídio contra Wanderley Fingolo Rascado. Os crimes ocorreram em 2002, no município de Alta Floresta.

Na lista de maiores serial killers do Brasil, constam dois mato-grossense. Um deles é Cláudio de Souza, nascido em 1972 e o outro é Aclídes Marcelo Gomes, o Menino Mau.

Além de Wanderley e Maria de Fátima, foram vítimas do Maníaco da Lanterna, Geyle da Silva, Maria Célia Silva dos Santos, Sirlene Ferreira de Souza, Luiz Carlos Cavalcanti, Rosimeire Zanco, Armandio da Silveira (latrocínio), Vanda Ribeiro de Souza, Celso Ferreira dos Santos, Regina Maria Pereira e José Carlos Santos.
Hoje, segundo sua defesa, debilitado e sem condições de cometer novos crimes por conta das doenças adquiridas na cadeia, o Maníaco da Lanterna segue preso no presídio Ferrugem e pode voltar às ruas em breve, ao depender da decisão judicial.


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