A Gazeta
O corpo clínico do Hospital Regional de Sorriso ameaça entrar em greve dentro de 48h se o Governo do Estado não pagar a eles pelos serviços prestados desde abril.
Os médicos enviaram uma documentação à Secretaria de Estado de Saúde (SES), à diretora geral da unidade Lígia Leite e ao diretor técnico Roberto Satoshi Yoshida alegando que “após inúmeras tentativas de diálogo com o Estado para receber os salários já acumulados há meses” vão suspender o atendimento ambulatorial, cirurgia, urgências e emergências.
O Estado emitiu nota alegando, por sua vez, que “enfrenta uma das piores crises de sua história”. Tanto é que, conforme diz a nota, baixou o decreto 694/2016, que reduz a jornada dos servidores na intenção de, com isso, reduzir também gastos com água e telefone, por exemplo.
“Quanto aos repasses em atrasos aos Hospitais Regionais, inclusive o HR de Sorriso, a Secretaria de Estado de Saúde informa que está tomando todas as medidas necessárias para a quitação dos valores pendentes”, diz trecho da nota, sem dar uma data certa de pagamento.
A SES diz ainda que não foi notificada sobre a suspensão dos serviços médicos.
O Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) explica que o contrato destes médicos com a SES é por meio de empresas privadas e entende que isso é uma forma de privatização da saúde.