Vacina contra a dengue no SUS só em 2019

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A Gazeta


A assinatura de um convênio entre o Governo de São Paulo e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), para liberação de R$ 97,2 milhões a serem aplicados na construção da fábrica brasileira de vacinas contra a dengue, foi um passo adiante rumo à liberação das doses na rede de saúde, o que deve ocorrer somente em 2019, se tudo correr dentro do previsto. A vacina, do Instituto Butantan, está em fase final de pesquisas em 13 cidades de cinco regiões do país e uma delas é Cuiabá.

O Hospital Universitário Júlio Muller, que conduz as pesquisas locais, informa que os testes estão sendo feitos e vai precisar de mais voluntários.

Cuiabá foi incluída entre os polos de teste por ser área de grande incidência da doença. Em 2016, foram registrados 28.018 casos até 17 de dezembro, data do último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Há investigação em curso sobre 116 mortes. Cinco já foram confirmadas para dengue.


Cuiabá está sendo pesquisada porque é área de grande circulação do Aedes.

A primeira vacina brasileira contra dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), é produzida com vírus vivos, mas geneticamente atenuados, isto é, enfraquecidos. A pesquisa clínica está na última fase de testes antes de a vacina ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possa ser produzida em larga escala e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil. Nesta etapa, os estudos envolvem 17 mil voluntários .

São convidadas a participar do estudo pessoas saudáveis, que já tiveram ou não dengue em algum momento da vida e que se enquadrem em três faixas etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. Os participantes do estudo são acompanhados pela equipe médica por um período de cinco anos para verificar a duração da proteção oferecida pela vacina. Nesta última etapa da pesquisa, os estudos visam comprovar a eficácia da vacina. Do total de voluntários, 2/3 receberão a vacina e 1/3 receberá placebo, uma substância com as mesmas características da vacina, mas sem os vírus, ou seja, sem efeito.

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