O que é necessário para uma “festa na favela” corintiana? Eliminar um rival? Arena lotada? Classificação à final? Mesmo sem vitória alvinegra, teve tudo isso e mais um pouco na tarde deste domingo, em Itaquera. No dia do padroeiro São Jorge, o Timão empatou com o São Paulo em 1 a 1 e garantiu classificação para decisão do Campeonato Paulista. O adversário na busca pelo título será a Ponte Preta, como há 40 anos, quando o clube de Parque São Jorge acabou com uma fila de 23 anos.
Esta, porém, não é a única história que se repete. Assim como nos outros quatro clássicos do Corinthians na temporada, Jô foi protagonista. Nos acréscimos do primeiro tempo, o atacante balançou a rede, mantendo a média de um gol por jogo contra rivais em 2017.
O tento saiu em lance polêmico. O camisa 7 recebeu cruzamento de Jadson em impedimento e finalizou sem chances para Renan Ribeiro. Os alvinegros, porém, alegam que a bola desviou em Pratto, o que validaria a jogada.
Os tricolores podem até questionar a arbitragem, mas não dá para reclamar de má sorte. Assim como foi no Morumbi, na última semana, quando perdeu por 2 a 0, o São Paulo não teve boa atuação. Mesmo com mais posse de bola, a equipe comandada por Rogério Ceni teve dificuldades para criar. Principais responsáveis pela criação, Cícero e Cueva estiveram apagados e não conseguiram municiar Pratto e Gilberto, que começaram juntos como titulares pela primeira vez.
O Timão esperou o rival, controlou a partida e ainda levou perigo em contra-ataques, como em cabeçada de perigosa de Pablo e chute na trave de Romero.
No segundo tempo, em vantagem, o Corinthians controlou o jogo e os nervos. O São Paulo teve dificuldades com ambos. Na bola, Pratto empatou, mas não foi suficiente. Na raça, Thiago Mendes passou do ponto e acabou expulso, aos 41 minutos do segundo tempo, após carrinho em Léo Jabá.
Era o que faltava para os mais de 43 mil corintianos puxarem os coros de “eliminado” e “olé”. Os aplausos no fim só reforçaram a mensagem da Fiel ao time exibida em mosaico nas arquibancadas antes de a bola rolar: “tu és orgulho!”
