Líder dos ‘encapuzados’ que mataram nove em chacina, é ex-policial e está foragido

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WILLIAN SILVA

O líder do grupo conhecido como ‘encapuzados’ responsável pela tortura e assassinato de nove homens na gleba de Taquaruçu do Norte em Colniza (1.065 km ao norte de Cuiabá) é um ex-policial militar de Rondônia. O grupo é composto por quatro homens que foram identificados e dois deles presos. 

As informações foram confirmadas nesta terça-feira (2) pela Força Tarefa da secretária de segurança de Estado de Segurança Pública (Sesp), que também deu detalhes sobre o suspeito de ser o mandante da chacina. Os acusados de executarem as vítimas tiveram as prisões preventivas decretadas. 

Conforme as investigações, o mandante do crime seria um fazendeiro e um dos sócios-proprietários de uma madeireira que faz extração ilegal na região.  Além disso, a Força Tarefa também confirmou que, a chacina ocorreu por disputa de madeira e minéiro e não apenas por terras.

O delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Marcelo Miranda disse que o mandante teve a prisão temporária expedida pela justiça de Mato Grosso. “Nós estamos negociando com o advogado do suspeito para que ele se entregue”, disse o delegado.

O chefe do grupo identificado como “Encapuzados” é o ex-policial militar de Rondônia Moisés Ferreira de Souza, conhecido como Moisés do COE (Comando de Operações Especiais). Ele também é considerado foragido da justiça do estado de Rondônia, onde responde por roubo.   

Outro suspeito de participar das execuções é Ronaldo Dalmoneck, o Sula, 33 anos. A polícia suspeita que ele foi o responsável pela decapitação de duas das vítimas. Ele também é considerado foragidos da Justiça pelo crime pratica junto com Moisés Ferreira.

Até o momento dois dos executores foram presos, Pedro Ramos Nogueira, conhecido como Doca, 52 anos, que foi preso no distrito de Guatá, em Colniza e o sobrinho dele Paulo Neves Nogueira, 35 anos, encontrado no distrito de Tabajara, em Machadinho D´Oeste (RO).

Conforme o delegado regional da Polícia Civil, José Carlos de Almeida, a chacina ocorreu devido a disputa pela extração de madeira e minério. “Conseguimos levantar que aquela região é rica em ouro e por isso, o interesse de fazendeiros e assentados em continuar com a posse daquelas terras”, explicou o delegado José Carlos.

O secretário Rogers Jarbas disse que Força Tarefa composto por 50 homens continua na região em busca de informações que possam levar a prisão dos cinco envolvidos no crime.


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