Agentes que ostentavam do RJ chegam a MT e vão para presídio – Veja vídeo

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Celly Silva e Welington Sabino,GD


Foto Celly Silva


Os agentes fiscais alvos da Operação Zaqueus, André Neves Fantoni e Alfredo Menezes Mattos, que foram presos no Rio de Janeiro chegaram em solo mato-grossense nesta tarde. Acompanhados de policiais, ambos desembarcaram no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, às 16h30, de um voo comercial da Gol e foram conduzidos para o Instituto Médico Legal (IML) onde passaram por exame de corpo delito antes de serem encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). 


Juntamente com Farley Coelho Moutinho, também agente fiscal da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz), a dupla é acusada de cobrar propina de R$ 1,8 milhão da Caramuru Alimentos S/A para reduzir um auto de infração de R$ 65,9 milhões para o irrisório valor de R$ 315 mil. A operação foi deflagrada nesta quarta-feira (3) pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz).

As prisões dos servidores públicos de Mato Grosso ocorreram no estado do Rio de Janeiro, com o apoio da Delegacia de Repressão às Ações de Crime Organizados (Draco-RJ). André passava férias e ostentava na Cidade Maravilhosa utilizando recursos desviados do esquema de corrupção. Já Alfredo mora lá. Isso é possível porque, segundo Último Almeida, asecretário-adjunto da Reeita Pública, a escala dos agentes de tributos permite que os servidores morem em outros estados. 

Conforme o Gazeta Digital apurou, André preserva, há quatro anos, a tradição de passar seu aniversário na capital do Rio de Janeiro. No momento da prisão, ele estava hospedado na cobertura de um luxuoso hotel de Copacabana. Naquela cidade, os policiais apuraram que ele comprou diversos imóveis, além de uma casa em Angra dos Reis, na região dos Lagos. 

Alfredo, que é carioca e mora no Rio, foi preso na mansão dele no bairro das Laranjeiras, zona nobre, onde os policiais também puderam conferir o estilo de vida luxuoso do servidor público, que mantinha uma vasta coleção de vinhos finos, entre outras mordomias. 

O destino do dinheiro da propina paga a André foi descoberta pela Polícia Civil graças à delação do advogado Themystocles Ney de Azevedo de Figueiredo, que foi o operador da lavagem de dinheiro no esquema, que acabou se entregando a polícia em dezembro do ano passado. 

Com as informações repassadas pelo advogado, os policiais da Defaz estavam há mais de uma semana no Rio de Janeiro, onde puderam confirmar a veracidade das compras de imóveis por André com o dinheiro que recebia da propina da Caramuru. 

                     

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