Fórum Sindical ameaça greve após governo fechar folha sem incluir RGA

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Karine Miranda/ GD




O Fórum Sindical, composto por 32 sindicatos de servidores públicos de Mato Grosso, sinaliza nova greve nos próximos dias em razão da possibilidade de o Governo do Estado não conceder a Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores, relativa a 2017.

Isto porque não foi incluída, na folha de pagamento do mês de maio, a reposição referente à inflação do ano anterior, que corresponde a 6,58%, conforme Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de janeiro a dezembro de 2016. Portanto, os salários não deverão ser pagos com o reajuste previsto, segundo os sindicalistas.


“Nós procuramos, batemos na porta do governo várias vezes. Mas não abriram a palavra. Só teve uma fala do (secretário de Gestão) Modesto que saiu em cinco minutos e disse que ia dar uma posição e acabou ficando por isso mesmo”, disse.De acordo com o presidente do Sindicato dos Profissionais da Carreira da Área Meio do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso, (SINPAIG), Edmundo Cesar Leite, o governo já sinalizou que não vai fazer o pagamento, pelo menos não de acordo com a lei.

Ainda segundo Edmundo, o governo do Estado estaria tratando os servidores como “bobos” e a decisão sobre nova greve é, “pelo andar da carruagem, irreversível”. “Eles acham que nós somos bobos, crianças. Nós estamos fazendo o possível e impossível para evitar este movimento, mas, pelo andar da carruagem, é irreversível”, assegurou.

Uma nova assembleia está marcada para a próxima segunda-feira (29), às 15h, na Praça das Bandeiras, momento em que será votado um indicativo de greve. “Agora nós temos que usar nossa arma, que é a greve. Nós já demos todas as oportunidades, buscamos através de ofícios e não recebemos nenhuma resposta, nem que sim, nem que não”, afirmou.

Edmundo assegurou ainda que os sindicatos não são nenhum “fantoche na mão do governador”. “Nós não queremos greve, mas eles pedem. O único mecanismo que temos para reaver nosso direito é fazer esse tipo de ação. Quem quer este embate é o governo do Estado”, ressaltou.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde e Meio Ambiente (Sisma-MT), Oscarlino Alves, disse que várias tentativas de diálogo foram feitas. Isto porque já tem projeto aprovado, em primeira votação na Assembleia Legislativa, o pagamento do RGA integral para os servidores do Judiciário. “O governo não nos respondeu. Fomos ao governo e ele disse que podíamos ficar tranquilos, porque estavam estudando uma proposta e disseram que iam nos receber depois, e ele não nos convocou. (…) Essa situação não pode ser resolvida igual foi no ano passado”, disse.

Greve em 2016 – No ano passado, a greve dos servidores durou dois meses, motivada pelas alterações feitas pelo Governo do Estado, em dezembro de 2015, na forma de pagamento dos salários dos servidores e o não pagamento do RGA de 11,28%.

Na ocasião, foi anunciado que o pagamento seria feito todo dia 10 e que o 13° salário seria pago em duas parcelas no final do ano e que o RGA de 2016 não seria pago.

“Nós fomos para greve, para o embate, o governo não teve habilidade para negociar. O projeto foi para Assembleia, houve briga, e aí em junho o governo decidiu que iria parcelar o RGA. Queremos, neste ano, evitar tudo isso, mas o governo sempre nos ameaça”, afirmou.

O governo acabou concedendo no ano passado 7,54% da RGA, parcelados em três vezes

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