‘Relatório Bomba’ se baseou em perícia viciada e imprestável, diz Inter

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Entre os documentos que constam no inquérito do caso Victor Ramos, há um parecer técnico feito por dois peritos a pedido do Internacional sobre as perícias contratadas pelo STJD. Se referindo ao trabalho como “imprestável e parcial”, os profissionais desqualificam as conclusões que serviram como base para a investigação.

No relatório feito pelos profissionais contratados pelos colorados, que foi apresentado ao tribunal ainda durante as investigações, o clube desqualifica o trabalho das peritas do Tribunal, defendendo que tratam-se de premissas equivocadas e que o trabalho é tecnicamente contestável. Eles apontam que tinha “uma linha de raciocínio condicionada pela inteira convicção de que o Inter havia adulterado e encaminhado os e-mails”. O clube alega que o STJD ignorou sua perícia.

Pg 43© Reprodução Pg 43
“O laudo pericial apresentado é completamente imprestável para amparar uma tomada de decisão, tendo sido executado completamente fora das normas, preceitos e metodologia pericial documentoscópica. Deve simplesmente ser desconsiderado”, dizem os peritos indicados pelo Inter.

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Chegam a dizer, inclusive, que a produção feita pelo STJD é “imprestável”, pois compara um arquivo de PDF a uma ata notorial, feita a pedido da CBF. Para os peritos contratados pelo Inter, não se pode dizer que houve fraude de e-mails sem a análise dos computadores.

Ao longo do relatório colorado, são usadas palavras como “descabido”, “absurdo”, e ainda que as perícias feitas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva devem ser anuladas.

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Este parecer todo consta no inquérito do STJD.

Os técnicos que trabalharam na documentação enviada pelo clube gaúcho são o perito em crimes de informática João Henrique Rodrigues e também Oto Henrique Rodrigues, que é Diretor da Sociedade Internacional de Peritos em Documentocopía..

Eles listam ao longo da papelada itens como “perícia viciada”, pois teriam sido fornecidas pela CBF e pelo Vitória – “nenhuma delas viu com seus próprios olhos os e-mails (…) teria de ser as imagens visualizadas em tela”.

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Em outro apontamento, eles mencionam que deveria haver análise da conduta das peritas contratadas, no caso Andréa Tognazzi Costa Barbosa e Lilian Cinelli Mori, para verificar se as conclusões estão “cientificamente embasadas”.

Ainda apontam que os arquivos analisados “não estão sendo analisados e-mails, mas sim um arquivo de computador em formato PDF” e que “os PDFs não foram alterados pelo Internacional”. Além do que, o clube “jamais teve acesso aos e-mails trocados entre CBF e Vitória”.

Em determinado momento, apontam que “a perita informa que foram analisados seis e-mails eletrônicos encaminhados pelo Sport Club Internacional. Entretanto, essa afirmação não espelha a realidade factual, pois o que foi analisado pela perita foi a impressão de um arquivo .PDF contendo uma compilação com o teor dos e-mails trocados”.

Acrescentam que “resta claro que a perita, provavelmente sugestionada pelos contratantes interpretou que o Internacional recebeu os e-mails, os editou a sua conveniência e os retransmitiu, incorrendo em grave equívoco, já que é uma ilação condicionada pela ideia de que o Internacional editou os e-mails, coisa que não aconteceu”.

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