Quadrilha usava ‘contratos fantasmas’ para lesar erário – veja fotos e nomes

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Keka Werneck e Welington Sabino, do GD

A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, justifica que determinou a prisão preventiva de 11 pessoas investigadas na Operação Convescote, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) porque se respondessem em liberdade, poderiam manter a quadrilha operando. Confira no final da matéria a lista com nomes e fotos de alguns dos investigados.

“A maioria dos envolvidos tem como atividade principal a prática de crimes contra a Administração Pública, não se tratando de crimes praticados eventualmente e sim, ao que tudo indica, de crimes praticados reiteradamente, com habitualidade”, diz trecho do despacho na magistrada ao ressaltar que além do crime de constituição de organização criminosa, há indicativos da prática de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.


“A prisão preventiva para garantir a ordem pública é fulcrada, portanto, da necessidade de evitar a reiteração da prática criminosa, dada a notória habitualidade com que os integrantes da organização praticam esses crimes, bem como para assegurar que o prejuízo causado aos cofres públicos não seja ainda maior”, relata a juíza Selma Rosane.
Ela também autorizou a condução coertitiva de 4 pessoas e expediu 16 mandados de buscas e apreensões de documentos. Em um dos mandados, referente à acusada Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira, servidora do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e esposa do ex-vereador Paulinho Brother, de Cuiabá, a magistrada argumenta que o modo de operar da quadrilha é criando “contratos fictícios” e recebendo dinheiro público sem oferecer produtos ou serviços em troca.


Os alvos são são servidores e empresários acusados de corrupção num esquema envolvendo a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp). Entre os funcionários públicos, um servidor do Poder Judiciário e uma do Tribunal de Contas do Estado (TCE). 
Nos demais mandados de busca, ela autorizou que gavetas fossem abertas, que celulares fossem apreendidos e até mesmo carros de envolvidos. A operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20) com diligências em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres (225 Km a oeste de Cuiabá) mobilizando mais de 100 agentes das Polícias Civil, Militar e Gaeco.  

Entre os “clientes” da Faesp estão a Universidade do Estado (Unemat), o próprio Tribunal de Contas do Estado, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso e a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra). Desde 2011, conforme dados do sistema Fiplan, a fundação recebeu, entre compras de serviços e transferências, mais de R$ 70 milhões.

Conforme o Gaeco, a operação foi deflagrada para desarticular uma organização criminosa montada para saquear os cofres públicos, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e TCE. No final da tarde, o Ministério Público confirmou que todos os mandados judiciais foram cumpridos. Os investigados continuam sendo ouvidos pelos delegados do Gaeco. 

 Alvos de prisão preventiva
Cláudio Roberto Borges Sacioto
Éder Gomes de Moura
Hallan Gonçalves de Freitas
João Paulo da Silva Queiroz
José Antônio Pita Sacioto
Jocilene Rodrigues de Assunção
José Carias da Silva Neto
Karinny Emanuelle Campos Muzzi de Oliveira
Luiz Benevuto Catelo Branco de Oliveira
Marcos Moreno Miranda
Marcos José da Silva

Conduzidos coercitivamente

Fádia Russem Fares Garcia
José Augusto Proença de Barros
Marcos Antônio de Souza
Lázaro Romualdo Gonçalves de Amorim

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