Promotoria da Infância retira gêmeos de avó faxineira

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Alcione dos Anjos/ GD


A Promotoria de Infância e Juventude de Cuiabá retirou os gêmeos de 2 meses, Rogério e Rafael, que eram cuidados pela avó, a faxineira Rosalina Ferreira do Prado, 56. As crianças foram levadas nesta quarta-feira (26), data que se comemora o Dia da Avó em todo o Brasil, para uma Casa Lar e avó está desesperada.

João Vieira

Em vídeo faz um apelo às autoridades para ter os netinhos de volta.

Além dos gêmeos, dona Rosa, como é conhecida, cuida de outros netos, todos irmãos, Moisés, 3, e Ana Clara, 2.

A faxineira assumiu as crianças porque a filha dela, R.P.A., 24, mãe biológica das crianças, é usuária de crack e outras drogas desde criança e, devido ao uso contínuo, desencadeou esquizofrenia.

Muito humilde passava dificuldades e era ajudada por vizinhos. Na semana passada os vizinhos fizeram uma campanha para garantir leite e mantimento para a família.

Leia mais – Com filha usuária de drogas, avó cuida de 4 netos e precisa de fraldas e leite

O caso ganhou repercussão, a arrecadação foi um sucesso e agora veio a “surpresa” da retirada das crianças da avó.

Veja Vídeo

Outro lado

Por meio da assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual (MPE), o promotor José Antônio Borges Pereira, afirma que enviou, e foi atendido pela Justiça Estadual, uma guia de recolhimento das crianças da casa avó. Diz que o caso dos gêmeos foi levados à promotoria pelo Conselho Tutelar de Cuiabá do Planalto e que apesar de toda a comoção social do caso, entendeu que avó não tem condições de cuidar das crianças que estavam sendo cuidadas de fato pelo vizinhos.

Segundo o promotor, os gêmeos estavam vivendo situação financeira e de higiene precárias. Alega que os outros irmãos não foram encaminhados à Casa Lar porque o Conselho Tutelar não apresentou o pedido.

Afirma que não há insensibilidade por parte do Ministério Público e sim, preservação dos gêmeos que corriam riscos, já que a avó é considerada “acumuladora”, que mantém muito entulho. A preocupação do MPE, segundo a assessoria, é que as crianças acabem sendo adotadas “à brasileira”, que significa registrar filho alheio como próprio, sem conscentimento judicial.    

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