Futuro da delação da JBS pode ficar nas mãos de Raquel Dodge

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Com a imagem desgastada após sucessivos episódios envolvendo suas decisões, o procurador-geral, Rodrigo Janot, está definindo a estratégia em torno da delação premiada de Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS. As opções seriam pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a sua anulação ou se negociará uma repactuação.

De acordo com a Folha de S. Paulo, Janot sofre pressão de duas correntes em sua equipe: uma ala de procuradores defende que ele decida rapidamente pelo cancelamento do acordo de Joesley e Saud e outro grupo acredita que a PGR deveria levar em conta o conteúdo de provas oferecidas pelos delatores, como gravações e a ação controlada que resultou na entrega de uma mala de R$ 500 mil a Rodrigo da Rocha Loures, ex-assessor do presidente Michel Temer.

Caso a última opção seja a escolhida, o acordo seria mantido e as cláusulas poderiam ser refeitas, acrescentando medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, um período de prisão domiciliar ou em regime fechado, como ocorreu com Marcelo Odebrecht.

Nesse cenário, o processo levaria algum tempo e provavelmente não seria apresentada ao STF nem discutida por Janot, mas por sua sucessora, Raquel Dodge, que assume o comando da PGR no dia 18 deste mês.

É preciso lembrar que Dodge deve ter um perfil de gestão antagônico ao do antecessor e deve pender à uma postura rigorosa e esteja pouco disposta a renegociar.

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