Executivo diz ter mais gravações que revelam ‘crimes de terceiros’

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Folhapress

O empresário e delator Joesley Batista, da JBS, disse em depoimento ao Ministério Público Federal que possui mais gravações feitas com diferentes pessoas, alguns com relatos de crimes de terceiros.

Os áudios estariam fora do Brasil, mas ele não foi questionado pelos procuradores sobre onde está esse material e como ele teria sido enviado para o exterior. Joesley disse que pode entregar todas as gravações.

A declaração está em depoimento realizado na última quinta (7). O termo de declarações foi tornado público nesta segunda-feira (11).

De modo enigmático, Joesley disse possuir “áudio com relatos de crimes de terceiros interlocutores”, sem a participação dele mesmo.

Os procuradores não indagaram como Joesley teria tido acesso a essas conversas e se teria feito gravações.

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Segundo o empresário, ele avaliou as gravações que conteriam ou não suposto indício de crime e entregou o que julgou necessário à PGR (Procuradoria-Geral da República) para formar seu acordo de delação.

“Esse material hoje está fora do Brasil até porque apenas o depoente manuseia isso. Gravou até encontros com amigos, e por isso não sabe a quantidade de áudios que tem. A avaliação sobre os áudios serem ou não prova de crime foi apenas do depoente”, diz o termo de depoimento do delator.

Quando Joesley disse que “pode entregar todos os áudios”, os procuradores da República não indagaram como e quando ele poderia entregar as gravações nem se o delator indicou alguma condição para isso.

O depoimento foi tomado pelo subprocurador-geral da República José Adonis Callou de Araújo Sá, os procuradores Pedro Jorge Costa e Maria Clara Barros Noleto e o promotor de Justiça Eduardo Gazzinelli Veloso.

SAUD

Em seu depoimento, o diretor da J&F Ricardo Saud disse que “não tem [não há] nenhum áudio ou vídeo que não entregou, tendo todos sido entregues da primeira vez ou desta agora da última semana”. Saud acrescentou que “não sabe se Joesley tem alguma gravação inédita fora a de José Eduardo Cardozo”, ex-ministro da Justiça do governo Dilma.

De acordo com o executivo, as gravações feitas para o fechamento do acordo de delação premiada “estavam de posse de Joesley, nenhuma estava em posse de ninguém mais da J&F. Isso era para não correr o risco de vazar”.

Indagado pelos procuradores, Saud reafirmou que “não gravou aqui na PGR [Procuradoria-Geral da República] nem reunião com os procuradores da República”. Com informações da Folhapress.

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