Defesa diz que orientou Lula a não responder a perguntas baseadas em documentos sem origem

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CURITIBA – O advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, disse em entrevista na noite desta quarta-feira, 13, que a defesa orientou seu cliente a não responder às perguntas repetidas e baseadas em documentos sem origem e adulterados, feitas ao petista pelos procuradores do Ministério Público e pelo juiz Sérgio Moro.

“O presidente estava ali para esclarecer os fatos e não para ficar respondendo perguntas repetidas”, disse Zanin ao ser questionado sobre o porque de Lula não ter respondido algumas perguntas e se isso era parte de uma estratégia, de não responder a Moro e tentar levar o processo para a Justiça Federal da quarta região de Porto Alegre.

“O ex-presidente respondeu a todas as perguntas que estavam no processo pelo qual depôs hoje”, disse Zanin. Ele falou também que orientou Lula a não responder perguntas sobre temas que não estavam no processo. Zanin também falou que Lula foi orientado a responder perguntas baseadas em documentos apócrifos, sem origem e adulterados e que pediu à Justiça à autenticidade dos tais documentos. 

Palocci. A defesa do ex-presidente também criticou o depoimento prestado na semana passada pelo ex-ministro de Lula, Antonio Palocci, em que ele incrimina o petista. “O depoimento do ex-ministro Palocci não merece qualquer credibilidade”, diz o advogado. Ele lembra que Palocci também é acusado no processo e “está preso e busca destravar um acordo e delação premiada”.                        

Zanin disse ainda que não há preocupação por parte da defesa sobre o posicionamento de Palocci, questionado sobre o termo “pacto de sangue”, usado pelo ex-ministro. “Foi (um depoimento) prestado sem compromisso com a verdade, contém contradições internas e com outros depoimentos”.

O advogado disse que, questionado sobre o assunto na audiência, Lula respondeu que a única hipótese possível de pacto de sangue é entre o ex-ministro Antonio Palocci e a Lava Jato.

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