Polícia Civil prende 53 membros de rede do tráfico de drogas

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Assessoria | PJC-MT

Dezenas de pessoas que integram uma rede de compra, transporte,  fornecimento e distribuição de drogas acordaram,  na manhã desta quarta-feira (04.10), com equipes da Polícia Judiciária Civil nas portas de suas casas, para o cumprimentos de 42 mandados de prisão preventiva e 70 mandados de buscas, expedidos na operação “Campo Minado”, deflagrada pela Dlegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio de unidades da Diretoria Metropolitana e Atividades Especiais. 

A varredura realizada nas primeiras horas, por 350 policiais civis (delegados, escrivães e investigadores), nos bairros Pedregal, Jardim Leblon e Renascer, resultou na prisão em flagrante de 17 traficantes e no cumprimento de 36 mandados de prisão, totalizando 53 presos, até o momento.

Também foram apreendidos R$ 6.613,00, em dinheiro, 6 veículos (4 carros e 1 caminhonete S-10 e duas motos), 1 revólver 38, com numeração raspada; 24 munições calibres 38, 40 e 22; 15 quilos de maconha;  além de 65 porções de maconha, 9 porções de cocaína, 34 porções de pasta base, 2 porções de craque e um Rádio HT.

A organização criminosa passou a ser investigada após o assassinato do traficante Enatel dos Santos Albernaz, 37, conhecido por “Maninho”, em 22 de novembro de 2015,  no bairro Pedregal.

O delegado Frederico Murta, que coordenou a investigação, disse que há seis meses, a Delegacia de Entorpecentes (DRE) passou a receber diversas denúncias informando que a mulher viúva do traficante, passou a comandar o tráfico de drogas na região. “Constatamos não somente o envolvimento da esposa de ‘Maninho’ com o tráfico, mas a existência de uma grande cadeia de traficantes associados para distribuição de entorpecentes”, disse Murta.

A mulher, iniciais Y.C.M.G, foi presa em um condomínio de luxo, na Capital. Ela foi apontada na investigação como uma das vozes forte do grupo de criminoso, responsável por tomar decisões e articular as transações de grande quantidade de drogas, especialmente, maconha, vinda da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.

O entorpecente chegava à região metropolitana em veículos e caminhões, dependendo da quantidade. A droga era comprada por um grupo de traficantes que se associaram na forma de consórcio para diminuir os custos da aquisição e transporte do entorpecente.  Tanto, que esse mesmo grupo, chegou a adquirir 2,5 toneladas de maconha, que aguardavam em um depósito na cidade de Ponta Porã (MS), caminhões para o transporte. No entanto, antes de chegar a Mato Grosso, a droga foi apreendida pela Polícia de Mato Grosso do Sul, depois de informações repassadas pela DRE.

“Tinham alguns traficantes que financiavam a aquisição do entorpecente e faziam toda a logística da aquisição da droga na região fronteiriça de Mato Grosso do Sul. Adquiriam a droga na forma de consórcio, de forma que barateavam o custo e os riscos de apreensões”, explicou o delegado Frederico.

Tamanho era o poderio da organização, com diversos ‘soldados’ do tráfico de drogas, que até era difícil manter a vigilância, para identificação de pontos de comércio de drogas. Mais de 50 bocas de fumo foram catalogadas pela DRE durante a investigação, locais onde também foram feitas prisões e apreensões.

Ao logo da investigação, a Delegacia de Entorpecentes prendeu 11 traficantes, que também tiveram mandados de prisão cumpridos na operação “Campo Minado”. Entre eles está um técnico do Sistema Socioeducativo, preso na semana passada com 1 quilo de maconha. O servidor não é agente penitenciário, conforme informado na matéria anterior.

Combate as bocas de fumo

O delegado titular da DRE, Vitor Chab Domingues, destacou a desarticulação de 125 bocas de fumo, de janeiro a começo de outubro deste ano, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, durante ações isoladas e integradas a Delegacia. O trabalho voltado para a repressão ao tráfico doméstico e também o interestadual resultou na prisão 215 traficantes e apreensão de 1,5 tonelada de entorpecente, sem contar as inúmeras porções de drogas apreendidas em cada boca de fumo.

“Desencadeamos essa operação de hoje, focando, principalmente, no tráfico doméstico de substâncias entorpecentes. Também não deixamos de combater o tráfico interestadual. O que mais incomoda a sociedade hoje, que traz a sensação de insegurança é o tráfico doméstico, as denominadas ‘bocas de fumo’, dos bairros. As pessoas de bem se sentem ameaçadas, porque há uma série de crimes que são desencadeados nessas bocas de fumo.  A Delegacia de Entorpecentes está dando ênfase  grande no tráfico doméstico”, afirmou Domingues.

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