GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA Escrivão apresenta laudo e rebate acusações de que seria desequilíbrio

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Celly Silva/ GD


Após ter sido coagido para ajudar uma organização criminosa que visava atrapalhar as investigações sobre o escândalo das escutas telefônicas clandestinas, mas “entregar” todo o esquema para a Justiça, o tenente-coronel da Polícia Militar José Henrique Costa Soares, que atuou como escrivão do inquérito policial militar (IPM) relativo ao caso, passou a ser alvo de acusações por parte dos presos na operação Esdras, que utilizaram o argumento dele ser usuário de drogas para desqualificar seu testemunho prestado nos autos. 


Reprodução

Tenente-coronel José Henrique Soares

O tenente-coronel, por sua vez, após obter respaldo da Justiça, que determinou segurança particular para ele e para o filho adolescente, diante de ameaças sofridas por membros da organização criminosa, rebateu as acusações de que estaria desequilibrado no momento em que prestou depoimentos aos delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Stringueta.

Por meio de sua defesa, patrocinada pelo advogado Domingos Sávio Ferrreira, o militar anexou ao inquérito o laudo de um exame toxicológico que demonstra que Soares está há no mínimo seis meses sem consumir substâncias entorpecentes, o que afastaria a hipótese alegada pelos que o acusam na tentativa de terem suas prisões revogadas, uma vez que as declarações do tenente-coronel foram prestadas dias antes da deflagração da operação Esdras, no mês passado.


Na nota, a defesa de Soares classifica como “vil” a forma como as defesas dos presos por obstrução à Justiça, que foram delatados por Soares e que tentam desqualificar o seu depoimento perante as autoridades.

Por outro lado, destaca a “extrema coragem” que José Henrique Soares teve ao sair do esquema a que era submetido por coação, e reforça que ele agiu “de maneira livre e consciente” ao confessar toda a trama criminosa para tentar filmar o desembargador Orlando Perri e buscar sua suspeição. 

Divulgação

Advogado Domingos Sávio Ferreira

O advogado reforça ainda que foi graças ao testemunho do tenente-coronel que se pôde ter acesso à dimensão da organização criminosa que operou a chamada “grampolândia pantaneira”, trazendo à tona a identidade de todos os envolvidos.


“Assim, apresenta-se perante a população mato-grossense, o resultado NEGATIVO do Exame Toxicológico do Tenente Coronel José Henrique Costa Soares, realizado no dia 05 de outubro de 2017, para que não pairem dúvidas acerca da lucidez das declarações prestadas por este brioso policial, que representa o braço armado da sociedade, em seu intrépido e esclarecedor depoimento”, diz trecho da nota.

 

Confira a nota da defesa do tenente-coronel Soares na íntegra:

A defesa de José Henrique Costa Soares, Tenente Coronel da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, vem publicizar o laudo do seu Exame Toxicológico.

Conforme demonstra olaudo em questão, o Ten. Coronel Soares, há no mínimo seis meses, não tem feito uso de nenhuma substância entorpecente.

Tal publicidade se torna imperiosa, diante dos constantes ataques que SOARES tem recebido por parte das defesas dos investigados no escândalo dos grampos, que foram presos cautelarmente na Operação Esdras, por decisão proferida pelo Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.

A defesadaqueles que foram delatados pelo Ten. Coronel Soares, de forma vil, busca desqualificar o seu depoimento, o acoimando de drogado e pessoa de personalidade desequilibrada.

Soares, em um ato de extrema coragem, impulsionada pelos seus rígidos princípios morais e éticos, livrou-se da coação que o subjugava, e de maneira livre e consciente, confessou toda a trama criminosa engendrada para prejudicar a aplicação da lei, que consistia no ilegal propósito de comprometer a imparcialidade do Desembargador Orlando de Almeida Perri.

O testemunho do Ten. Coronel Soares,possibilitou ao Poder Judiciário de Mato Grosso, enxergar a dimensão e o alcance da organização criminosa que movimentou o esquema nacionalmente conhecido como “grampolândia pantaneira”, bem como trouxe a tona à identidade de todos os envolvidos.

Assim, apresenta-se perante a população mato-grossense, o resultado NEGATIVO do Exame Toxicológico do Tenente Coronel José Henrique Costa Soares, realizado no dia 05 de outubro de 2017, para que não pairem dúvidas acerca da lucidez das declarações prestadas por este brioso policial, que representa o braço armado da sociedade, em seu intrépido e esclarecedor depoimento.

Domingos Sávio Ferreira da Costa
OAB-MT nº 7.672 

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