Delegada precisava de mais 24h para desvendar esquema da ‘grampolândia’

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Celly Silva, repórteR/GD


As investigações da Polícia Civil sobre as interpretações telefônicas ilegais chegaram muito perto de chegar a uma conclusão, com nomes e interesses de todos os envolvidos, segundo a delegada Ana Cristina Feldner, que deixou a condução dos trabalhos há 10 dias, na noite do dia 16 deste mês, após ser notificada da decisão do ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que chamou para si a responsabilidade pelos 6 inquéritos da chamada “grampolândia pantaneira”.

João Vieira

Delegada Ana Cristina Feldner

Com essa medida, uma diligência que já estava em curso acabou sendo interrompida. “A investigação é complexa, ela é dinâmica. Ela já havia se iniciado há vários meses e a gente estava realmente fazendo uma diligência onde a gente achava que iria chegar muito próximo do fim, a gente acredita. Era questão de horas. Lamentamos realmente que a sociedade poderia ter todo o conhecimento”, disse Feldner em entrevista ao programaCadeia Neles, da TV Record Cuiabá.

Ela e o delegado Flávio Henrique Stringuetta chegaram a pedir ao ministro Campbell que concedesse mais 24 horas para que os trabalhos fossem concluídos, mas isso foi negado.

“Nós pedimos 48 horas ou sequer 24 horas, o que seria um dia. Vamos lembrar que essa denúncia começou em 2015, com o denunciante Mauro Zaque, que fez a denúncia inclusive em Brasília, inclusive aqui. Nós estamos hoje em 2017, já se passaram dois anos. O que seria 24 horas? Qual o prejuízo de se conceder mais 24 horas, se as pessoas que estão investigando, as autoridades que estão investigando estão dizendo que esse prejuízo de 24 horas, essa interrupção dessa investigação, naquele momento, poderia trazer danos irreparáveis à investigação? Então, realmente, este fato a gente lamenta porque por 24 horas nos foi impedido de, de repente, revelar e esclarecer todo crime que vem se arrastando há dois anos desde a denúncia”, queixou-se a delegada.

Além de ter avocado os 6 inquéritos relativos aos grampos clandestinos, o ministro Mauro Campbell também decretou o sigilo em todos eles, o que impede Ana Cristina Feldner de explicar qual era a diligência que desvendaria toda a trama criminosa. “Seria uma diligência muito proveitosa. Uma diligência onde teríamos bastante êxito em chegar ao final das investigações”, resumiu Feldner.

Conforme a delegada, a diligência já estava em curso há muito tempo, mas foi imediatamente interrompida após a intimação do STJ. “A partir do momento em que nós recebemos a comunicação oficial, todos os atos de investigação foram interrompidos, inclusive a diligência que já estava em curso. É o que nós lamentamos. Essa diligência não tinha iniciado na segunda-feira, é uma diligência que já tinha iniciado vários dias antes e nós precisávamos de no mínimo 24 horas pra gente concluir uma diligência que já vinha se arrastando há meses”.

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