Banco Central reduz taxa Selic para 7% ao ano, menor patamar da história

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Diante de uma economia que ainda luta para se reerguer e sem pressões inflacionárias pela frente, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu nesta quarta-feira, 6, os juros básicos da economia em 0,50 ponto porcentual, para 7% ao ano.

Assim, a Selic alcança em dezembro o seu menor patamar da história. Trata-se do décimo corte consecutivo realizado pelos técnicos do BC, que deram início ao atual ciclo de reduções em outubro de 2016, reduzindo de 14,25% para 14% a meta anual para a Selic.

Como a taxa Selic influencia sua vida?: Com a atual mudança, a taxa acumula nove quedas consecultivas, um ciclo iniciado em outubro do ano passado© André Dusek/Estadão Com a atual mudança, a taxa acumula nove quedas consecultivas, um ciclo iniciado em outubro do ano passado

Em fevereiro, na próxima reunião do Copom, é esperada nova redução, de 0,25 ponto porcentual, o que levaria a Selic para 6,75% ao ano. Essa, ao menos, é a expectativa dos principais economistas do mercado, segundo o último relatório Focus, divulgado na última segunda-feira pelo BC.

A festa, porém, pode ser curta. O mercado prevê a subida da taxa já no fim de 2018.

Inflação. A última vez que a taxa Selic ficou abaixo de 7,50% foi há quatro anos. Entre outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, até então o menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015, patamar mantido nos meses seguintes. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.

A expectativa do mercado financeiro é de que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), termine 2017 em 3,03%, quase no piso da meta (3%). Essa meta tem como centro 4,5%. Para 2018, a previsão é de que a inflação fique um pouco maior, mas ainda abaixo do centro da meta, em 4,02%.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

Ciclo de cortes. Nas últimas semanas, o BC deixou claro que se aproxima o fim do atual ciclo de afrouxamento do juro iniciado em outubro do ano passado. Após cortar a Selic praticamente pela metade com redução de 6,75 pontos porcentuais em 14 meses, a instituição indica que o movimento será amenizado.

A pausa do BC é justificada pela perspectiva de gradual elevação dos preços no médio prazo. Com inflação acumulada de apenas 2,7% em 12 meses, a maioria dos analistas prevê que os índices entrarão em trajetória de gradual elevação nos próximos meses, mas em patamar considerado confortável para o cumprimento da meta de 4,5% no próximo ano. A análise positiva leva em conta aspectos como a elevada ociosidade da economia e o desemprego ainda elevado.

Mas o mercado indica que a estabilidade terminaria alguns meses à frente depois das eleições presidenciais. Economistas consultados pela pesquisa Focus preveem alta do juro na última reunião de 2018, em dezembro. Nessa reunião, a Selic subiria 0,25 ponto, para 7%.


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