Após homenagear Odebrecht, político se torna alvo por suposto caixa 2

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“Fica concedido o título de Cidadão Paulistano ao sr. Marcelo Odebrecht pela sua dedicação às causas sociais e dos trabalhadores, luta e sacrifício pela democracia, defesa das liberdades civis e restauração do Estado de Direito.”

Assim dizia um decreto da Câmara Municipal de São Paulo assinado em 2011 concedendo a honraria ao herdeiro da empreiteira, preso desde 2015.

Seis anos depois, o autor da sugestão de homenagear o empreiteiro está sendo processado pelo Ministério Público sob acusação de receber caixa dois da empresa.

Collor admite vontade de concorrer ao Planalto em 2018

Então vereador pelo PT, Francisco Chagas propôs o título a Marcelo Odebrecht por “promover emprego e renda” para a cidade e por ser uma “jovem liderança empresarial”. Até a construção do estádio do Corinthians, tocada pela empreiteira na zona leste, foi listada por ele na época como justificativa.

Na última terça (19), dia em que Marcelo enfim deixou a cadeia no Paraná e passou ao regime domiciliar, o Ministério Público do Estado de São Paulo ajuizou uma ação civil contra Chagas -e contra a Odebrecht- por suposto pagamento de caixa dois.

A delação apontou pagamento de R$ 30 mil na campanha de 2010, na eleição dele para deputado federal, sob o codinome “Campinas”. Para os promotores, esses repasses configuram improbidade administrativa.

A Odebrecht fez um acordo com o Ministério Público paulista em que se comprometeu a pagar aos cofres públicos quantias equivalentes às repassadas via caixa dois.O promotor Valter Santin chamou o processo de “simbólico” pelo valor baixo, se comparado a outros casos relativos à empreiteira.

A sessão solene na qual o empreiteiro recebeu o título ocorreu em 2 de agosto de 2012 no salão nobre da Câmara paulistana. O então prefeito Gilberto Kassab (PSD) compareceu, chamou Marcelo de “homem exemplar e referência” e posou para fotos com ele.

Kassab, hoje ministro do governo Michel Temer, também se tornou alvo na semana passada de ação de improbidade dos promotores paulistas, que o acusam de receber R$ 21,2 milhões em caixa dois da Odebrecht -ele nega.

Vereadores tentam revogar a homenagem

A Odebrecht fez ainda doações oficiais a campanhas de Chagas por meio da Braskem. Em 2014, a empresa foi a principal doadora de sua campanha a deputado federal, com R$ 381,5 mil pagos. Também doou R$ 30 mil na eleição de 2008.

A reportagem procurou o ex-vereador desde quinta (21), mas não conseguiu contatá-lo. Segundo o Ministério Público, Chagas foi ouvido durante a investigação e negou ter cometido irregularidade. Com informações da Folhapress.

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