Ex- secretário Rogers Jarbas incrimina delegados por grampos

Data:

Compartilhar:

Arthur Santos da Silva/ GD


O juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, retoma nesta sexta-feira (9) as audiências no processo criminal contra 5 policiais militares acusados de participação direta no esquema interceptações telefônicas clandestinas que ficou conhecido como grampolândia pantaneira.

João Vieira

No processo são réus: os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

Rogers Elizandro Jarbas, delegado da Polícia Civil e ex-secretário de Segurança de Mato Grosso, foi intimado a comparecer no Fórum para prestar depoimento.

O governador de Mato Grosso, José Pedro Taques (PSDB), ainda não respondeu à solicitação de comparecimento, mas deve pedir dispensa.

Confira como foi a audiência

11h50 – A audiência é encerrada.

11h37 – Rogers jarbas afirma que a Polícia Militar e o governador Pedro Taques não sabiam das interceptações. Os delegados citados seriam os verdadeiros interessados.

O suposto esquema funcionava por meio de “barriga de aluguel”, quando números de pessoas que não têm qualquer relação com investigações policiais são inseridos em pedidos de quebra de sigilos telefônicos.

11h14 – O erro, segundo Rogers Jarbas, foi entregar as investigações dos grampos nas mãos de Stringueta. Ao invés de o caso ser repassado para a corregedoria da Polícia Civil, por determinação do desembargador Orlando Perri, Stringueta foi escolhido. Ainda segundo Jarbas, o relatório produzido apenas serve para corromper a verdade real.

11h20 – A Operação Querubim investigou, sob sigilo, um suposto plano de uma organização criminosa que estaria vinculada ao ex-comendador João Arcanjo Ribeiro e pretendia armar contra a vida do governador do estado, Pedro Taques (PSDB).

11h09– Segundo Rogers Jarbas, o crime teria sido cometido pelos delegados Flavio Stringueta, Alana Cardoso e Alessandra. Os nomes desejavam grampear o governador e seus aliados por questões pessoas e divergências com o governo. O depoente explica que Operação Querubim foi uma farsa para grampear Taques.

11h01 – Quando tomou conhecimento sobre possíveis interceptações ilegais nas Operações Fortis e Querubim,em ofício da Juíza Selma Arruda, Rogers conversou com a delegada Alana Cardoso e disse que seria instaurado procedimento investigativo. A delegada teria proposto um interrogatório entre ambos. Jarbas disse que não faria tal ato.

Assim, segundo Jarbas, Alana colheu seu próprio depoimento. O ex-secretário afirma que homologou o depoimento por acreditar que Alana dizia a verdade. Rogers faz questão de esclarecer que não investigou ou questionou a atuação do promotor Mauro Zaque.

10h50 – Rogers afirma que instaurou procedimento logo que ficou sabendo sobre o suposto esquema de grampos. Esclarece ainda que não tomou conhecimento sobre a formalização de investigação por parte do promotor Mauro Zaque

10h45 – “Eu fiquei no governo até outubro de 2017. nunca ouvi do governador Pedro Taques nada sobre isso. A única coisa que o governador falou comigo foi sobre segurança pública”, afirma Rogers Jarbas.

João Vieira

10h40 – Rogers Jarbas é a próxima testemunha. Ele afirma que ficou sabendo sobre os grampos pela televisão Esclarece que desconhece o suposto esquema criminoso.

10h09 – as investigações buscavam comprovar suposta ligação ente Sangali e o bicheiro e ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso, João Arcanjo Ribeiro. As supostas ameças contra a pessoa do ex-secretário de Casa Civil foram encaminhadas à delegada Alana Cardoso.

10h06 – A delegada descreve o contato de Paulo Taques, quando foram relatadas possíveis ameças por parte de sua suposta ex-amante. Paulo Taques procurou o gabinete de Alessandra, que atuava na inteligência. As informações expostas pela depoente são vagas, visto que um investigação sigilosa sobre o caso está em andamento.

9h55 – Alessandra volta a falar sobre a Operação Fortis. Não cita detalhes pois as investigaçõoes sobre o referido caso estão sob sigilo. A delegada esclarece que Tatiani Sangalli não foi inteceptada sem representação legal. 

9h47 – A delegada descreve três conversas com Mauro Zaque sobre as supostas interceptações ilegais. A primeira conversa ocorreu para comunicar informalmente sobre. As duas outras foram conversas ocasionais. Mais encontros foram estabelecidos, mas somente após a divulgação na imprensa do suposto esquema de grampos.

João Vieira

9h39 – Alessandra afirma que não recebeu ordens para investigar sobre as interceptações telefônicas. A defesa quer saber se a delegada participu de alguma investigação informal. Alessandra afirma que Mauro Zaque estava extremamente preocupado com os possíveis grampos.

9h35 – A delegada se antecipa às perguntas e afirma que não foi ela quem comunicou Mauro Zaque sobre os grampos. Os advogados questionam quem seriam os nomes que insinuaram tal situação. Alessandra afirma que não se lembra.

9h27 – Alessandra é questionada se tomou alguma providência quando ficou sabendo dos grampos, em conversa com Mauro Zaque. A delegada afirma obedeceu a hierarquia de sua função, e não tomou providencias, pois o caso estava sendo relatado pelo promotor de Justiça Mauro Zaque.

João Vieira

9h15 – A delegada afirma que houve o requerimento para que Tatiane Sangali fosse grampeada. Havia investigações de um suposto plano contra a pessoa de Paulo Taques, ex-secretário de Casa Civil. Ela salienta que tudo foi realizado dentro da legalidade.

9h10 – A delegada é questionada se Tatiana Sangali, suposta ex-amante de Paulo Taques, era alvo de interceptações telefônicas. Sangali teria sido grampeada na “Operação Fortis”, que inicialmente objetivava colher informações sobre as organizações criminosas Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital;

João Vieira

9h10 – Alessandra afirma que tomou conhecimento dos fatos criminosos pelo promotor de Justiça Mauro Zaque. Foi ele o responsável por alardear as interceptações.

9h – A delegada explica sobre o sistema Guardião, programa utilizado para a realização de interceptações. Segundo ela, todo o sistema em Mato Grosso está sob responsabilidade da Polícia Civil.

8h55 – A audiência é iniciada. A testemunha Alessandra Saturnino é a primeira depoente. A defesa do Cabo Gerson é a primeira a realizar perguntas. Alessandra é delegada e esteve lotada na área de inteligência.

8h30 – Rogers Jarbas foi o primeiro a chegar. O ex-secretário está proibido de comentar sobre os grampos, por força de decisão do Superior Tribunal de Justiça.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas