Confronto entre manifestantes e PF em Curitiba deixa 9 feridos

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Agência O Globo

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CURITIBA (PR) – Nove pessoas ficaram feridas durante confronto que ocorreu neste sábado no momento da chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde começará a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão pela condenação no caso do triplex do Guarujá. Apoiadores do petista tentaram entrar no prédio e agentes da PF reagiram com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Entre os feriados há um policial militar.

O tumulto começou quando o helicóptero que trazia o ex-presidente pousava no heliponto da PF. Segundo o comandante do 20º Batalhão da Polícia Militar de Curitiba, tenente-coronel Mário Henrique do Carmo, o estopim foi a explosão de duas bombas onde estavam os manifestantes favoráveis ao petista. O comandante afirmou que a Polícia Federal reagiu com gás lacrimogênio.

Em seguida, manifestantes reagiram e atiraram pedras e paus contra os policias militares que estavam no local. Um deles foi ferido com um soco no rosto. Os PMs então revideram com tiros de bala de borracha.

Dos oito manifestantes feridos, três foram encaminhados a hospitais próximos à superintendência. Não há confirmação sobre o estado de saúde delas.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou às 23h50 no prédio da superintendência para buscar mais informações sobre os feridos.

— Viemos para saber o porquê dessa ação violenta que atingiu os nossos manifestantes. Enquanto o ex-presidente Lula estiver aqui vai haver caravanas e vigílias. A PF tem que estar preparada pra garantir a segurança — disse.

Uma das feridas é a professora Andrea Beatriz Jimenez, que afirmou que se manifestava de forma pacífica no momento dos tiros de bala de borracha.

— A polícia disparou balas de borracha. Estávamos em paz. Era um grupo de professores e também estudantes — disse.

A movimentação ao redor do prédio da PF começou por volta das 17h. Manifestantes favoráveis à prisão do ex-presidente também estavam presentes, mas do lado oposto. Não houve confronto direto entre os apoiadores e detratores do petista, já que estavam em lados opostos do edifício e separados por uma barreira policial.

Do lado dos manifestantes favoráveis à prisão, houve queima de fogos de artifício e rojões. O grupo também puxou gritos de “Lula na cadeia” e tocou o hino nacional.

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