MT estava com câncer na administração pública, diz Mauro Mendes

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Jacques Gosch e Mikhail Favalessa


O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que Mato Grosso estava com “câncer na administração pública” quando assumiu o Governo do Estado em janeiro deste ano. Por isso, sustenta que foi obrigado a adotar “medidas enérgicas” que  desagradaram os servidores públicos e diversos setores da sociedade.

“Mato Grosso estava com câncer na sua administração pública. Então, o remédio não podia ser dipirona, não podia ser tapinha nas costas, não podia ser fazer política o tempo todo e sim trabalhar o tempo todo e tomar as medidas necessárias para consertar o Estado. E é isso que nós fizemos de janeiro até agora. Muita gente fala, o governador está correto, está fazendo todas as maldades no começo. Eu não acho que são maldades. São medidas necessárias para consertar o Estado para o bem de todos”, declarou Mauro, durante a abertura do VI Congresso Estadual de Vereadores, realizada na Assembleia, na manhã desta terça (1º).

Entre as medidas enérgicas estão o decreto de calamidade financeira e o pacote de ajuste fiscal aprovado pela Assembleia em janeiro que inclui renovação do Fethab 2, a reforma administrativa que reduz o número de secretarias de 25 para 15 e autoriza a extinção de seis empresas públicas, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) Estadual, a Lei Complementar que altera a composição do Conselho do MT Prev e a mensagem que estabelece critérios para concessão da Revisão Geral Anual (RGA).

Tomamos medidas duras para o bem dos próprios servidores públicos, que no primeiro momento ficaram muito chateados

Mauro Mendes

Além disso, o Executivo promoveu a reinstituição dos incentivos fiscais e contraiu empréstimo de 250 milhões de dólares com o Banco Mundial para quitar a dívida dolarizada com o Bank of America. As medidas  já alteraram a previsão de déficit de R$ 708 milhões no próximo exercício para superávit de R$ 122 milhões.

“Tomamos medidas duras para o bem dos próprios servidores públicos, que no primeiro momento ficaram muito chateados.  Do jeito que nós estávamos, pagando folha atrasada, com obras paralisadas, serviços públicos sendo precarizados, cidadão P da vida conosco, irritado, não dava para continuar”, completou.   

Situação financeira

Segundo o último  balanço divulgado pela imprensa  oficial, o Governo de Mato Grosso fechou o mês de agosto com um déficit de R$ 123,2 milhões. O valor é a diferença entre tudo que foi arrecadado, o que foi pago e as despesas não pagas no mês.

Em agosto, o Estado arrecadou R$ 1.332.714.491, valor que foi somado a outros R$ 160.800.618, que constavam no saldo da Conta Única no dia 1º daquele mês.

Desse valor, o governo efetuou o pagamento dos salários dos servidores ativos no valor de R$ 326.369.755 e dos inativos no valor de R$ 204.584.747. Somente com repasses obrigatórios aos Poderes, referente ao duodécimo, o valor foi de R$ 199.993.530.

Para as 141 prefeituras de Mato Grosso, no mês de maio, o valor repassado foi de R$ 270.869.304. Em investimentos (excluindo Fethab/financiamentos), o Estado destinou a quantia de R$ 5.742.016.

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