MT pode ganhar posto integrado na fronteira, diz Mourão

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Eduarda Fernandes e Jessica Bachega

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O presidente da República em exercício General Hamilton Mourão (PRTB) admitiu a possibilidade de criação de um posto integrado de monitoramento de fronteira em Mato Grosso. “O ministro Sérgio Moro já está criando em Foz do Iguaçu um posto integrado de monitoramento de fronteira. O próximo passo pode ser avançar para o lado de cá onde nós temos uma série de problemas”, disse em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (10), no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.

 

A visita de Mourão foi relacionada ao Conselho da Amazônia Legal, mas na coletiva o general respondeu a vários questionamentos. Perguntado sobre quais medidas o governo federal pretende adotar para combater o tráfico pela fronteira, ele ressaltou que o Brasil tem quase 17 mil km² de fronteira com 10 países distintos e que não adianta apenas o lado brasileiro tomar providências.

 

Mourão citou como exemplo os Estados Unidos que, mesmo com todo o aparato tecnológico de que dispõe, não consegue sanar os problemas na fronteira com o México. Neste sentido, informou que o governo federal tem recorrido à Polícia Federal por conta de suas atividades e sistema integrado de fronteira, que é um dos projetos estratégicos do Exército. Mencionou que o Exército iniciou um projeto piloto em Mato Grosso do Sul, que deve se estender para Mato Grosso e Rondônia.

 

“Nós temos buscado essa questão de estabelecer certo controle das nossas fronteiras. Nós temos um problema que três dos nossos vizinhos são os produtores mundiais de cocaína, Colômbia, Peru e Bolívia. Tento fazer um trabalho integrado entre o Ministério de Relações Exteriores. Tem que haver. Se não há combate do lado de lá, não adianta combater do lado de cá. É chover no molhado”, observou.

 

Outro problema, segundo o presidente em exercício, é que muitas vezes não há integração entre os Estados brasileiros. Deste modo, a responsabilidade nas mãos do Exército, Polícia Federal e Receita Federal. “Aqui em Mato Grosso existem unidades de patrulhamento e reconhecimento de fronteira. Então tem que haver essa integração e é a forma como nós estamos trabalhando”, conclui.

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