Bancada não polemiza com presidente e apoia quarentena

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GD.


O pronunciamento do presidente da República Jair Bolsonaro continua gerando repercussão no meio político do país. Ao criticar a imprensa e os governadores e defender o fim do isolamento social para as pessoas fora da faixa de risco (menos de 60 anos), parte da bancada federal de Mato Grosso se manifestou discordando do presidente.

 

A primeira a se manifestar foi a deputada federal Rosa Neide (PT) pelas redes sociais. A parlamentar questionou a sanidade mental de Bolsonaro e defendeu a sua interdição. “Não há panelas que resolva! O presidente precisa ser interditado!!!”, escreveu em sua página no Twitter.

 

“Bolsonaro não faz nada sem calcular, qual a projeção dele quando fez o pronunciamento de ontem ? Quanto custa morrer um pobre, especialmente idoso no Brasil ? Quanto custa ficar quarentena para controlar o vírus ? Que morram e deixem a economia seguir !!!”, completou a oposicionista.

 

Já ao , o deputado Carlos Bezerra (MDB)disse que o discurso do presidente é irracional e que ele não teria preparo para governar o país. “Os demais Poderes terão que assumir a responsabilidade com o Brasil. Ele foi contra o que a OMS (Organização Mundial da Saúde) prega e o que o próprio Ministério da Saúde vem fazendo”, afirmou.

 

Sobre um possível pedido de impeachment, o emedebista diz que o próprio presidente tem agido para isso. “Ele vem adotando discursos com esse intuito. Pelo menos é o que parece”,finaliza.

 

O bolsonarista Nelson Barbudo (PSL) preferiu não criticar o presidente e disse que o momento é difícil e de pressão em cima do governo. “O momento é de união. Devemos preservar as pessoas que estão na faixa de risco. Agora, o presidente também está preocupado com a economia que pode levar a uma crise sem precendentes”, disse ao .

 

Já o deputado Leonardo Albuquerque também preferiu não criticar o presidente. “Como médico eu fico preocupado com a pandemia porque é uma doença nova. Por outro lado o presidente se diz preocupado com a economia”, explica.

 

“Mas o discurso foi na contramão da OMS. parece que o governo está mais preocupado com a economia do que com a vida das pessoas”, pontuou.

 

O líder da bancada federal de Mato Grosso, deputado federal Neri Geller (PP), disse que não entrará na polêmica com o presidente, mas defende que o país continue seguinto as orientações da OMS. “Escolas, isolamento das pessoas, tem que ser feito, mas com responsabilidade. No caso do comércio, é preciso manter aberto com os cuidados definidos, como a não aglomeração, álcool em gel para todos. Porque a econômia não pode parar”, defendeu.

 

Para o senador Jayme Campos (DEM), o presidente Bolsonaro não agiu corretamente ao criticar as medidas adotadas pelos governadores. “Ele foi na contramão do próprio governo e do que a OMS prega”, afirmou.

 

No entanto, o senador disse que a situação econômica também deve ser levada em consideração e é preciso adotar medidas para se evitar uma crise econômica.

 

Jayme também criticou o fato do presidente estar levando o debate para o lado pessoal e que o mesmo não está levando a sério o coronavírus. “Ele precisa agir como um estadista e parar de levar para o pessoal. Ele tem que liderar esse processo”, disse.

 

O senador Wellington Fagundes (PL) acredita que o governo vem mantendo uma divergência dentro da própria gestão, e que isso ficou claro no pronunciamento desta terça-feira (24). “A equipe técnica do governo aponta para uma direção, já a outra vai pro outro lado. Isso é ruim para o país. Eles não conseguem ter a mesma linguagem. Isso fica mais claro nas votações aqui da casa”, explicou.

 

Fagundes diz que entende a importância da economia, porém, “salvar vidas é a prioridade do momento”.

 

 não conseguiu falar com os deputados Juarez Costa (MDB), Emanuel Neto (PTB) e José Medeiros (PODE).
Mas pelas redes sociais, Medeiros postou várias críticas a parlamentares que estavam condenando o presidente da Repúbli

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