IMAC rebate acusações sobre troca do comando do Indea-mt

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Após ser apontado como uma das prováveis causas da troca da presidência do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA/MT), o Instituto Mato-grossense de Carne (IMAC) rechaçou, por meio de nota, qualquer tipo de articulação ou informações colocadas nesse sentido.


A acusação foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário, Pecuário e Florestal de Mato Grosso (Sintap/MT). Na ocasião, o sindicato alegou ingerência política e econômica.


O IMAC aponta que a troca do comando do INDEA/MT foi decidida pelo governador Mauro Mendes (DEM), e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, no início da semana passada, sob argumento da necessidade de correção de rumos para o setor da economia mato-grossense. Atualmente, ele detém rebanho bovino com mais de 31 milhões de cabeças, assim como produção de alimentos pelo agronegócio que coloca o Estado em posição privilegiada econômica e estrategicamente.


O instituto ainda expõe que a exportação brasileira de carne bovina foi estimada em recorde de 1,828 milhão de toneladas em 2019, ante 1,643 milhão em 2018, informou a associação da indústria do setor Abiec. Os embarques dispararam em 2019 com maior número de frigoríficos habilitados pela China, que tem importado mais para lidar com a menor oferta de carne de porco.


A receita com exportação do produto pelo Brasil, maior exportador global, foi estimada em cerca de 7,45 bilhões de dólares, de acordo com a Abiec.


Já no que diz respeito a exportação de grão, o Brasil exportou mais de U$$ 100 bilhões, sendo boa parte das plantações de Mato Grosso.


Ainda segundo o IMAC, a decisão de trocar o presidente do INDEA/MT, nomeando Luiz Fernando da Silva Flamínio e tirando Tadeu Mocelin, acabou acontecendo por uma sucessão de erros e falhas.


Eles citam como exemplo as ações judiciais de autorização do então presidente do INDEA/MT, para que os filiados da APROSOJA, realizassem o plantio durante o período conhecido como vazio sanitário, que existe cientificamente para impedir a propagação de pragas nas plantações.


Mesmo com a autorização do INDEA/MT, a Justiça atendendo pedido do Ministério Público tem disparado centenas de decisões mandando destruir plantações inteiras para conter a propagação da ferrugem asiática. A APROSOJA, estima em milhões de toneladas de grãos que terão que ser destruídas por falhas da então gestão do INDEA/MT. Veja a nota de esclarecimento na íntegra:


NOTA DE ESCLARECIMENTO


Nos últimos dias, o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac) recebeu críticas e questionamentos que precisam ser esclarecidos, a bem da verdade dos fatos.


O primeiro esclarecimento diz respeito ao orçamento do instituto, que com a sanção da Lei Estadual 11.095, em 16 de março de 2020, passa a receber contribuições exclusivamente das indústrias frigoríficas do estado de Mato Grosso. Essa mudança foi aprovada em Conselho Deliberativo com presença de representantes da pecuária (Acrimat), da indústria frigorífica (Sindifrigo) e do Governo do Estado (Sedec).


Essa mesma lei define que o mínimo de 1,12% da arrecadação anual do Imac e no mínimo 20% dos recursos arrecadados anualmente pelo Fundo Emergencial de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa) serão repassados ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT). Entendemos que se trata de um importante complemento de recursos privados ao caixa da autarquia, cujo orçamento é definido e executado pelo Governo do Estado anualmente e os percentuais poderão aumentar mediante deliberação e aprovação orçamentária anual de nosso conselho.


O Imac não tem gerenciamento nem influência sobre os recursos do Indea – pois são públicos, de responsabilidade única e exclusiva do Governo do Estado, tal qual ocorre com todos os demais órgãos estaduais.


Segundo ponto a se esclarecer: pecuaristas e frigoríficos não são obrigados a recolher para Fesa e Imac. Podem optar por contribuir diretamente para o Governo do Estado de Mato Grosso.


É preciso ainda esclarecer que o papel do Imac é conectar pecuaristas, frigoríficos e Governo do Estado, além de outros players, para promover a Carne de Mato Grosso, fomentando a economia do Estado consequentemente. Para tal, é fundamental a existência de um Indea forte e eficiente para garantir que a carne bovina produzida em Mato Grosso cumpra com excelência as exigências de sanidade em nível global.


Por fim, esclarecemos que o Imac é um serviço social autônomo, constituído como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e utilidade pública. Entre suas ações principais estão a promoção da carne de Mato Grosso junto a mercados consumidores; a tecnificação de todos os atores sociais envolvidos para fortalecer o processo produtivo legal, sustentável e seguro; e o desenvolvimento de uma plataforma de reinserção de pecuaristas ao mercado formal da carne.

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