Saiba identificar os sintomas mentais e físicos do estresse

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Nesta quinta-feira (23) é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Estresse, e estando há mais de 1 ano e meio em pandemia por decorrência da covid-19, esse estado de instabilidade só tende a aumentar.

 

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o estresse já faz parte do cotidiano da população mundial, e atinge cerca de 90% dessas pessoas. Ainda conforme levantamento feito pela Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse Brasil (ISMA-BR), o Brasil ocupava o segundo lugar do país com maior índice de estresse, que em sua maioria, está diretamente relacionado ao ambiente de trabalho.

 

Embora grande parte da população sofra de estresse, ele não pode ser considerado uma doença, mas sim, uma resposta orgânica e psicológica a uma nova situação, durante um processo de adaptação. Essa resposta é normal de qualquer ser humano, isso porque, como seres humanos inseridos na sociedade, todos passamos por estresse ao longo da vida.

 

Para explicar mais sobre o tema, o  conversou com a psicóloga Jordana Luz Nahsan, que falou da importante resposta do organismo que é o estresse. Segundo Jordana, o estresse permite que o indivíduo avalie determinadas situações e assim tome decisões em conjunto com princípios, fatores psicológicos e emocionais. “Precisamos do estresse para atravessar a rua, para decidir sobre questões da vida, se vamos comprar uma bicicleta ou nos casar”.

 

Foto: Arquivo

Jordana Luz Nahsan

Psicóloga dra. Jordana fala sobre estresse

Contudo, embora a psicóloga alegue certa importância na tomada de decisões relacionada ao estresse, essa resposta  do organismo pode alcançar intensidade alarmante, com o Burnout, mais popularmente conhecido como síndrome do esgotamento. “O Burnout é uma resposta intensa do estresse ocasionada dentro da relação de trabalho. Ele pode ocorrer tanto na relação de emprego formal, quanto na informal.” De acordo com Jordana, o Burnout acontece no ambiente de trabalho, pois existe grande demanda de ações e respostas rápidas, além de um alto volume de propagação de informações.

 

Assim, ao sofrer com a pressão da agilidade profissional, muitos sintomas podem surgir, entre eles está a insônia, dores físicas e sensação de taquicardia.

 

Estresse durante a pandemia

 

O nível de estresse tem aumentado muito em decorrência da pandemia e coloca a população em alerta para essa situação, podendo desencadear outros transtornos, como a ansiedade, depressão e o Burnout. “Temos uma geração de pessoas que nunca vivenciaram uma catástrofe mundial. A pandemia nos atravessou como sociedade; não houve que escapasse de ter que lidar com ela. Tivemos que adquirir novos comportamentos em nossa rotina, lidar com a possibilidade de finitude dos nossos familiares, amigos e com o próprio medo de morrer”.

 

Vivenciar uma pandemia por um longo período trouxe desgaste emocional e físico para a população, e apesar do ser humano ter a habilidade de se adaptar e gerar aprendizados a partir de vivências, com a pandemia isso não foi possível. “Não houve tempo. Todos tiveram que aprender passando pela desinformação, pelo medo da contaminação; tivemos que construir e nos reconstruir por diversas vezes para entender o ambiente”.

 

Sintomas e combate

 

Os sintomas do estresse elevado podem variar de pessoa para pessoa, e entre os sintomas, estão presentes a taquicardia, sudorese, irritabilidade, ganho ou perda de peso, insônia e cansaço na execução de atividades comuns, que podem acender um sinal de alerta.

 

Infelizmente, não existe uma forma de prevenir o estresse, mas segundo a Dra. Jordana Luz Nahsan, é possível aprender a lidar com ele, identificando de forma individual a causa do estresse, que pode ser multifatorial. 

 

Para combater o estresse, adotar a prática de atividades físicas é essencial, além de técnicas de meditação, descanso, e cuidado com a mente através da psicoterapia. “É necessário o cuidado integral do ser humano, ou seja, dos aspectos físicos, emocionais e psicológicos”. 

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