Novo plano revela economia de R$ 4 mi; ANS desmente Fórum Sindical

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Saúde Samaritano, contratada pelo Estado para atender servidores, já possui ambulância para remoção gratuita

     A decisão do governo estadual de contratar a Saúde Samaritano Administradora de Benefícios, que opera os planos de saúde coletivos por adesão vinculados à Open Saúde, está resultando numa redução de 30% no custo mensal do MT Saúde, de R$ 13,5 milhões para R$ 9,4 milhões. Até então, o plano de saúde proporcionado aos cerca de 22 mil titulares (aproximadamente 54 mil servidores estaduais e dependentes) estava sem controle. Aos poucos, a empresa contratada, com sede em Artur Nogueira (SP), está ajustando o sistema, com maior controle operacional. Já conta até com uma ambulância para atendimento permanente em Cuiabá, disponível para remoção do usuário do plano do MT Saúde sem custo adicional e anunciou que está em fase final a implantação de farmácia especialmente do usuário do plano, com descontos especiais, de serviço próprio para algumas especialidades e exames complementares e de cobertura para procedimentos odontológicos.

    Segundo o MT Saúde, presidido agora por Gelson Ésio Smorcinski, ainda existem débitos a serem quitados junto a alguns credenciados, mas, independente disso, os recursos oriundos da contribuição dos usuários foram aplicados no pagamento das despesas médico-hospitalares do plano. Explica também que, embora alguns profissionais não estejam atendendo, a rede em operação no momento já soma mil médicos no Estado que fazem o atendimento normalmente. A presidência do MT Saúde e a diretoria-executiva da empresa Saúde Samaritano estão fazendo visitas à rede em Cuiabá e nos demais municípios e buscam incluir novos credenciados.

    Documentos

    O MT Saúde alerta sobre informações distorcidas na imprensa e muitas delas fomentadas pelo coordenador do Fórum Sindical dos Servidores estaduais, José Carlos Calegari. Esclarece que não procede, por exemplo, a informação de que houve pagamento de R$ 19 milhões para a empresa administradora.

   Comprovante de situação cadastral de operadoras fornecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar desmente as declarações de Calegari de que a administradora Open Saúde estaria inativa. Em verdade, encontra-se ativa desde dezembro de 1998, conforme documento reproduzido abaixo. Já a administradora anterior do plano de saúde, a Connectmed-Crc Consultoria, Administração e Tecnologia, está com registro provisório cancelado desde maio do ano passado. Destaca não haver qualquer irregularidade pelo fato da Samaritano ter sido criada em agosto deste ano e feito registro perante a ANS em setembro.


Documento revela que administradora Open está ativa desde 1998, contrariando o que diz o Fórum Sindical

Comprovante mostra que a Connectmed-Crc, que explorava o plano, está com registro cancelado desde 2010

    Sobre a Open Saúde está sob direção fiscal, ou seja, sob análise da ANS, a empresa explica que os relatórios foram apresentados e aprovados. De acordo com o MT Saúde, no modelo anterior, o risco do custo assistencial pesava unicamente sobre os servidores da contribuição mensal e da subvenção do Estado. Se fosse mantido o contrato, o governo teria de elevar os repasses ou a contribuição mensal do servidor descontado em folha. Optou-se, então, por contratar uma outra operadora para efetuar a gestão do MT Saúde, inclusive atendendo recomendações da Auditoria-Geral do Estado e também do Tribunal de Contas.

    Agora, o governo paga um valor fixo proporcional ao número de vidas (titulares e dependentes), que representa cerca de R$ 9,4 milhões. Nesse caso, a responsabilidade do pagamento das despesas médico-hospitalares passa a ser da empresa contratada. Segundo o governo, a redução da economia mensal chega a R$ 4 milhões. Na prática, sustenta, o novo modelo reduz os gastos públicos e traz garantia de não aumentar a contribuição do servidor.

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